domingo, 22 de agosto de 2010

BOLETIM DA UNIDOS PRA LUTAR – Corrente Política-Sindical (DF) No 12 Agosto/2010

HISTÓRIA

21 DE AGOSTO DE 1940

70 ANOS DO ASSASSINATO DE

LEON TROTSKY

Por Claudia González

PsoL – Niterói/RJ

Leon Trotsky foi um dos principais dirigentes revolucionários do século XX. Em 21 de agosto de 1940 foi assassinado no México por Ramon Mercader, a mando de Stalin. 70 anos após seu assassinato, sua figura, longe de ser esquecida, esta cada vez mais presente nos grandes debates políticas atuais.

Trotsky encabeçado, junto com Lênin, a Tomada do poder pelos sovietes de operários e camponeses da Rússia de 1917. Neste mesmo ano tinha ingressado n o Partido Bolchevique e foi criador e organizador do Exército Vermelho que permitiu à jovem URSS ganhar a Guerra Civil contra a reação burguesa e os exércitos imperialistas. A figura de Trotsky inspira grande respeito, não só porque depois da morte de Lênin, dedicou sua vida a lutar contra a burocracia soviética encabeçada por Stalin, mas também por seus escritos teóricos, ações e condutas revolucionárias que foram exemplo para muitas gerações de revolucionárias.

Sua Teoria da Revolução Permanente é um de seus aportes teóricos fundamentais. Trotsky, coincidindo com Lênin, descartava que os burgueses encabeçariam a luta anti-czarista. Compreendia que a única classe capaz de encabeçar a revolução democrática e transformar as condições de vida no campo eram os trabalhadores das cidades, comandando os camponeses pobres. Não existiram duas etapas, apenas uma: os operários ao tomar o poder iniciariam a luta por suas demandas contra a patronal, transformando essa revolução democrática em socialista, ou seja, permanente. Tanto a derrota de 1905, como o triunfo de outubro de 1917, confirmaram o enfoque de Trotsky.

Uma vida dedicada à Revolução

A vida de Leon Trotsky não foi nada fácil. Passou a maior parte de sua juventude em cadeias, exilado e desterrado na Sibéria. Conheceu a capital do Império dos Czares, São Petersburgo, em 1905, durante a revolução, sendo presidente do Soviete. Nesse ano foi detido. Retornou somente em 1917, após a queda do Czar.

Seus seis anos de ministro do Governo Revolucionário Operário e camponês foram de trabalho muito intenso, com três anos dedicados à formação e condução do Exército Vermelho. Durante a Guerra Civil, passou penúrias viajando em um trem blindado, percorrendo as diferentes frentes.

Em 1924, depois do golpe que significou a doença e morte de Lênin, começou a ser perseguido por Stalin e a burocracia. Desde então dedicou cada minuto de sua vida, com um ritmo de trabalho incansável, para desenvolver a luta contra a burocracia stalinista.

Nesta época a perseguição de Stalin sobre Trotsky e seus seguidores se aprofundou, com os sinistros “Processos de Moscou”. Soube do fuzilamento de amigos e adversários políticos com quem tinha compartilhado lutas contra o Czarismo, a tomada do poder e a Guerra Civil. Seus secretários e seu único filho sobrevivente foram assassinados pela GPU, polícia política de Stalin. Os agentes de Stalin eram a pior pressão que ameaçava sua vida.

Finalmente aos 60 anos, conseguiram assassiná-lo, mas não conseguiram apagar nem sua alegria de viver, nem suas convicções de militante socialista revolucionário de defensor da União Soviética.

Deixou uma carta como testamento, reproduzimos os últimos parágrafos, uma mostra de uma personalidade corajosa, integra, sensível e de grande força revolucionária, um exemplo para as “gerações futuras”:

...Nos quarenta e três anos de minha vida consciente, permaneci um revolucionário; durante quarenta e dois destes, combati sob a bandeira do Marxismo. Se tivesse que recomeçar, procuraria evidentemente evitar este ou aquele erro, mas o curso principal de minha vida permaneceria imutável. Morro revolucionário proletário, marxista, partidário do materialismo dialético. Minha fé no futuro socialista da humanidade não é menos ardente: em verdade, ela é hoje mais firme do que o foi nos dias de minha juventude.

Leon Trotsky

Coyoacán, 27 de Fevereiro de 1940

FONTE: Combate Socialista no 33 Agosto de 2010. p. 12.

www.cst.psol.com


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